Achei interessante este assunto. É da revista Metrologia & Instrumentação (edição fevereiro/março de 2008).
Um grupo de pesquisadores franceses criou um novo tipo de borracha que se estica e contrai da mesma forma que as borrachas tradicionais, mas com uma vantagem imbatível: caso ela se rasgue, basta colocar os dois pedãços juntos para que eles se unam novamente, voltando a formar uma única peça. O processo de autoconserto leva apenas alguns minutos e acontece espontaneamente, à temperatura ambiente, sem a necessidade de nenhuma intervenção e nem da adição de produto químico.
A borracha sintética é produzida com ingredientes tradicionais, basicamente ácidos graxos retirados do milho ou outras plantas, e uréia, um produto químico largamente utilizado na indústria. As borrachas tradicionais são formadas por longas cadeias de polímeros.
A nova borracha sintética, contudo, consiste em pequenas moléculas que se unem por meio de ligações de hidrogênio, que são muito mais fracas que ligações químicas que ligam grandes polímeros. Quando o material é rasgado, as ligações de hidrogênio que foram quebradas logo procuram outras ligações abertas, permitindo o restabelecimento da ligação física da borracha.
Depois que as duas partes da borracha unem-se novamente, a peça resultante retoma todas as suas propriedades mecânicas, podendo ser esticada com a mesma intensidade de antes. A nova borracha poderá permitir a construção de uma nova geração de pneus que nunca precisam ser trocados, capazes de se autoconsertar em poucos minutos depois de furados. Balões à prova de furos, brinquedos que não se quebram e roupas que nunca rasgam saõ outras oportunidades já aventadas pelos pesquisadores.
A empresa Arkema Inc. já adquiriu os direitos de exploração comercial do novo material e afirmou estar analisando a melhor estratégia para inserí-lo no mercado.
http://www.arkema.com/Saiba mais sobre polímeros:
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